Piaget é um daqueles pensadores recorrentes dentro da educação, sendo assim, ele já me acompanha há 15 anos. Há 15 anos eu o leio, releio e essa leitura sempre traz um novo desdobramento, a partir dela sempre faço uma releitura dele e de mim mesma. Acabo de ler o seu texto "Desenvolvimento e aprendizagem" e não posso deixar passar algumas questões importantes que por vezes passam batidas por mim em sala de aula, tais como o conceito de desenvolvimento e aprendizagem, por exemplo, a assimilação ativa e o construtivismo.
Na última apresentação do Workshop de avaliação, ao sermos questionadas sobre as diferenças entre desenvolvimento e aprendizagem travamos, confundimos conceitos, falamos muito, menos que ambos são coisas distintas, que a aprendizagem é subordinada ao desenvolvimento, que esse é um processo espontâneo, em oposição à aprendizagem, a qual é provocada por situações ou alguém e que é um "processo limitado a um problema simples". Logo, nós professores, precisamos, fundamentalmente ter esses dois conceitos muito claros para que possamos ser essa pessoa que provoca o aprendizado.
Outra questão muito importante levantada no texto é sobre uma questão fundamental à aprendizagem, que é a assimilação ativa, a qual é a "integração de qualquer espécie de realidade em uma estrutura". Mas afinal, é isso que eu tenho me proposto a provocar aos meus alunos? E de que maneira fazer isso? de que maneira provocar essa aprendizagem, fazendo com que eles construam o seu próprio conhecimento?
Para que possamos tentar responder a essas perguntas, temos o construtivismo como teoria capaz de abarcar essas questões e oferecer a nós professores uma possibilidade de sermos conhecimento e não de determos conhecimento, pois esse ambiente que não é construtivista acaba por excluir cada vez mais aquele aluno que já está à margem.