sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Por uma infância menos "soft"

       Na aula 6 de Infâncias, estudamos um pouco sobre a infância soft é como é a representação dessas crianças na mídia: loiras, de olhos azuis e brancas. Elas que ilustram comerciais e são a cara da maciça maioria dos brinquedos.
       No último dia 04 de janeiro, uma imagem que vai de encontro a essa de infância soft correu o mundo: um menino negro foi fotografado ao lado de um boneco negro, personagem da saga Star Wars. A mãe que fez o registro, conseguiu capturar a alegria daquela criança em ver-se representada ali naquele boneco. Agora era não era mais invisível.
        Mas quantas crianças ainda estão na invisibilidade? Quando uma foto assim deixará de ser notícia isolada para ser uma realidade de todos? Na verdade, infância soft só existe nas propagandas.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Uma pausa para o café


         Agora são 4h 08min e cá estou eu depois de uma bela xícara de café. O meu pequeno dorme e nesse momento, onde as mamadas diminuem e ele não requer a minha atenção exclusiva consigo dedicar o meu tempo às minhas leituras, reflexões e produções.
        Ainda hoje ouvi: "Tu não precisa disso, vai dormir e descansar". Sim, realmente não preciso de um canudo, já "tenho" uma faculdade. O que preciso, desesperadamente, é ler, pensar sobre... sobre a minha profissão, sobre os meus alunos, sobre a sua infância, sobre mim. 
        Cada texto é uma nova janela aberta, a cada nova janela aberta há uma nova descoberta, as vezes empolgante, outras nem tanto. Espero somente que eu nunca perca essa sede de descobrir e que nesse ano que já começou cheio eu possa continuar me enchendo ainda mais de conhecimento.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A máquina de fabricar gente

         O texto "Maquinaria Escolar" que lemos na interdisciplina de Escolarização descreve o início da escola e o que isso implicou. Como a infância era vista nas classes populares foi uma das mudanças que esse momento trouxe, afinal se a escola tinha aberto as portas para essas crianças, elas precisavam, no mínimo, parar de trabalhar e começar a frequentar outros lugares que não os bares junto com os adultos.
          Apesar de acolher essas crianças, essa escola não era nada acolhedora. Essa maquinaria escolar estava a serviço da burguesia e servia aos seus interesses tendo como finalidade formar empregados obedientes, domesticá-los desde cedo. Essa escola lembra muito aquela reproduzida no clipe da música "Another Brick In The Wall" (Pink Floyd): uma fábrica que fabricava crianças obedientes a larga escala.
           Mas entre essa maquinaria escolar e a nossa escola nos dias de hoje há alguma distância? Esta escola que aí está posta não pretende domesticar também? Ela tem feito nossos alunos pensar? Afinal, ela está servindo aos interesses de quem?

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Por uma infância livre de consumismo

          Ao realizar a atividade da Interdisciplina de Infâncias analisando uma mídia e a sua influência nas crianças escrevi um pouco sobre reality's show infantis, tais como The Voice Kids e MasterChef Jr, refletindo um pouco sobre como a infância é ali representada. Mas além da grade de programação das emissoras de televisão que pintam a infância como lhes convêm, há também a publicidade infantil que dita regras dentro de muitos lares.
        Segundo pesquisas, as crianças brasileiras assistem em média 5h30min de televisão diariamente, sendo expostas a todo e qualquer tipo de publicidade, desde o que comer até o que vestir. Fazendo uma analogia ao filme "Tempos Modernos" de Charlie Chaplin, nos tempos pós-modernos temos crianças sendo produzidas em larga escala pela mídea e consumo (MOMO,  ), onde há um ideal de infância no qual nem todas as crianças estão representadas.
         Ainda que se saiba o tamanho dos efeitos nocivos da publicidade infantil, sendo a obesidade um deles, não há regulação alguma nessa publicidade. É uma terra sem lei, onde tudo pode, onde o que vale é apenas o consumo, onde o ter sobressai-se, e muito, ao ser.