domingo, 17 de julho de 2016

Projeto de Aprendizagem: o desafio está lançado

     Nesse semestre iniciamos um trabalho grande ou melhor dizendo, um grande trabalho na interdisciplina do Seminário Integrador, o Projeto de Aprendizagem, o qual iniciamos na plataforma PBWorks (http://diversidades.pbworks.com/w/page/108363121/FrontPage).
     Desde o começo o trabalho mexeu com todxs nós no grupo: comigo, com a Melissa, a Nayara, o Anderson e a Giovana . Tudo sempre foi muito discutido e nada ia adiante se alguém não estava de acordo. Acredito que começamos com o pé direito, pois esse é o verdadeiro espírito do trabalho em grupo.
      Com certeza esse vai ser o trabalho mais desafiador para o próximo (ou próximos) semestre. Que junto com o grande desafio venha um grande aprendizado.




Finalizando

      Mais um final de semestre... Mais um semestre desafiador e de muitos aprendizados. Em cada interdisciplina aprendi um pouco mais, algumas inclusive fizeram eu mudar alguns paradigmas.
       Na interdisciplina de Música descobri outras possibilidades de trabalhar com a música em sala de aula explorando mais o corpo; em Libras fui desafiada a falar em outra língua e ainda mais, com o meu próprio corpo; Ludicidade fez eu rever os meus conceitos sobre o brincar e Literatura derrubou um preconceito meu quanto aos clássicos da literatura infantil.
        Minhas dificuldades em realizar as atividades foram grandes nesse semestre e os motivos foram inúmeros, novamente fica a resolução de final de semestre de organizar melhor o meu tempo, para isso, postarei aqui a minha tabela de tempo durante o perído de recesso para que já comecemos com o pé direito o próximo semestre. Eu preciso fazer as pazes com o tempo!


Chapeuzinho

      Início a postagem com uma frase incrível da Ana Maria Machado que li em um dos materiais da interdisciplina de Literatura: "Clássico não é livro antigo e fora de moda. É livro eterno que não sai de moda". Eu, que adoro trabalhar com os alunos alguns clássicos, nesse ano, já trabalhei "Chapeuzinho Vermelho" e "Alice no País das Maravilhas", com o meu primeiro e com o meu quarto ano, respectivamente.
        Acredito que o clássico por si só já envolve o aluno por causa da história e o aproxima da contação porque geralmente aquele aluno já ouviu em algum lugar aquela história, mesmo os do primeiro ano.
        Aliado a isso, está o leque de possibilidades de se trabalhar com os clássicos. Tomo como exemplo o trabalho que realizei com os meus pequenos com o livro "Chapeuzinho Vermelho", onde buscamos diferentes versões para a história e ao final do trabalho produzimos coletivamente a nossa própria versão de Chapeuzinho Vermelho. Escolhemos a cor que a nossa Chapeuzinho teria através de uma democrática votação e a partir de então escrevemos uma linda história sobre ela. Depois cada um ilustrou a história da sua maneira. Eles adoraram!


Literatura e gênero

        As questões de gênero na literatura infantil por muito tempo não foram vistas, nem tampouco discutidas. O que é um grande absurdo, pois se é na infância que se inicia a construção da identidade de gênero, todas as meninas terão como exemplo as princesas e o ideal de mulher construído nos clássicos?
         Acredito que não é o caso de não lermos mais os clássicos infantis, mas de problematizarmos quetionando o beijo que não foi consentido e foi dado, se é necessário ter um príncipe para ter um final feliz ou então que o ideal de beleza é a princesa x.
          A Disney (que não é boba), tem divulgado nos seus canais um vídeo intitulado "Sou princesa, sou real" (https://www.youtube.com/watch?v=fAOjPGwXgjE), no qual mostra que não é por ser menina que se pode menos. Os seus filmes também vão ao encontro dessa proposta, como "Valente", por exemplo, no qual a protagonista não se encaixa em nenhum estereótipo feminino.
          Na nossa literatura contemporânea há inúmeros livros que trazem as questões de gênero bem marcadas por questionamentos muito pertinentes ao assunto, como é o caso da obra "Olívia não quer ser princesa", onde uma porquinha questiona por que todas as pessoas tem que se vestir igual, por que todas meninas teriam que se vestir como princesas, e a partir disso questiona outras questões.



Falando em Libras

       Em recuperação na interdisciplina de Libras, o último trabalho que devo postar é um vídeo falando em Libras. Não posso negar que esse vai ser o maior desafio do curso.
       Gosto de desafio, tentarei fazer o melhor. Libras, além de ser uma língua de sinais é também cultura.
        Depois posto o resultado aqui!

Musicando

      Estreitei mais os laços com a música no início do ano um pouco antes de retornarmos das férias, pois quando o meu filho estranhava algum lugar e engatava o choro a única coisa que o acalmava era eu cantar para ele.
      Outro momento com a música foi quando ao final da minha licença maternidade fui chamada na prefeitura de Porto Alegre e fui locada na escola Heitor Villa Lobos a qual tem um trabalho lindo de inclusão social com a música. Abaixo há um trecho do documentário sobre a Orquestra Villa Lobos e a comunidade onde leciono.
     Sendo assim, interdisciplina de Música veio para brindar esse momento ampliando meus horizontes a respeito da música na escola, considerando a ideia de ler uma partitura, mesmo sem saber ler uma única nota musical.



Mudança de paradigma

     No início da minha carreira profissional trabalhei em uma escola de educação infantil. Peguei os alunos do berçário ao jardim. Adorava as crianças, mas dava agonia a hora do planejamento. O que fazer com aquelas crianças? Quais atividades?
       Na época, eu estava finalizando o Curso Normal e ingressando na faculdade de Matemática e apesar do meu curso médio habilitar-me para o trabalho com a educação infantil eu me sentia muito perdida. Parecia que para a minha aula acontecer eu tinha que encher as crianças de atividades. Mas como fazer com os pequenos do berçário? Fazer o que com eles?
        Por esse motivo nunca gostei de educação infantil, sempre preferi os maiores. Contudo, a partir das leituras que venho fazendo na interdisciplina de Ludicidade sobre o brincar e a sua importância para o desenvolvimento das crianças descobri que eu não sabia nada sobre criança e que eu perdi tempo dando atividade de folha para o jardim.  Garanto, que eles teriam aprendido muito mais se tivéssemos ido para o pátio brincar.
          Essa é mais uma mudança significativa de de paradigma que o curso de Pedagogia está proporcionando para mim, para a minha vida profissional. Meus alunos agradecem!


Atenção! Professora em desconstrução

        Pela primeira vez no curso inicio o meu processo de desconstrução do que pensava a respeito de clássicos da literatura infantil e a interdisciplina de Literatura ao trazer o crítico inglês Coleridge como referência para trabalhar esse assunto abriu a minha cabeça.
         Sim, eu já mudei final de livro porque achei o final muito agressivo para as crianças. Sempre ignorei a ideia de que se eu aceitava que o lobo falava, mantinha diálogo com a Chapeuzinho e se passava pela vovó, por que não contava o verdadeiro final da história para as crianças? Afinal, tudo isso "significa de modo diferente".
          Coleridge usou uma expressão que encaixa perfeitamente nesse contexto que é a "suspensão da descrença". Uma espécie de pacto que autoriza toda a ação da história e dá a ela um significado poético.
          Contudo, mesmo recebendo o meu atestado de ignorância, hoje recebo a chave da minha cela e liberto a minha mente. Nunca mais vou amenizar a história por achar que ela não pode ser contada às crianças por ser muito forte.     



sábado, 16 de julho de 2016

É hora do conto!

      Ao realizar mais uma atividade de Literatura foi inevitável pensar nos livros que já li e que gosto de ler para os meus pequenos (alunos e filho) e no encantamento deles na hora do conto.
       Sempre fiz e continuo fazendo uma triagem do que ler para as crianças, mas era tudo muito baseado no instinto e sei que devo ter falhado em algumas escolhas, mas na interdisciplina que estamos tendo agora, aonde conversamos melhor sobre literatura infantil, percebi o quanto é importante esse meu olhar mais atento àquilo que lerei para os meus pequenos, pois estou formando não só autores, mas cidadãos para esse mundão virado que aí posto.
        Toda essa importância que é dada à escolha da obra justifica-se no encantamento das crianças na hora do conto. Assumi no início de abril um quarto ano muito agitado, mas que era eu iniciar a leitura de uma história que magicamente todos ficavam em silêncio. Lógico que as histórias nunca mais faltaram as nossas aulas! E esse momento é sempre tão bom!
         Outro momento que me encanta é a hora da história com o meu filho. Contar história para ele faz parte do ritual da hora de dormir e ele adora! Fica sentado entre as minhas pernas escutando atentamente o que eu lhe conto, prestando atenção na troca de página, nas figuras, enfim, envolvido com aquele a hora do conto.
          Sendo assim, levando em consideração esses dois relatos que fiz, a interdisciplina de Literatura está contribuindo para que eu possa quem sabe formar leitores mais conscientes.

Sim, o tempo é relativo

         E nessa última semana do semestre, entre um trabalho e outro cá estou... inventando tempo no meio da minha rotina de mãe.
         Não consegui fugir da recuperação, mas acho que foi mais por falta de organização de meu tempo do que por falta dele. É difícil seguir a tabela do tempo com o João, mas é possível criar mecanismos dentro dela para que eu consiga dar conta dos trabalhos.
          Sendo assim, teimosa que sou, sigo aqui na correria para terminar tudinho a tempo e refletindo a respeito do tempo. Sábio Einstein que dizia que ele é relativo...

Quem afinal está surdo?

      O vídeo de Libras da atividade 3 me tirou do eixo. Desequilibrou-me totalmente! A minha reação inicial foi rir (de nervosa, lógico) da situação. Em seguida, fiquei achando que eu era muito ignorante a respeito daquilo e que jamais conseguiria ler o diálogo deles. Foram momentos tensos.
       Passado o primeiro impacto, fui tentar buscar material além do vídeo, explorar melhor àquilo que as professoras já tinham dado acesso e aos poucos, mas bem aos poucos, fui entendendo o diálogo. Que felicidade! Não consegui entender tudo, mas de certa maneira eu já estava comunicando-me de alguma maneira com aquelas pessoas. Eu não estava mais só.
         Após essa atividade, fomos convidadas a assistir a um vídeo intitulado "E se todos fossem surdos
          É necessária muita resistência e luta, ainda nos dias de hoje, para que os direitos dos surdos sejam respeitados, para que a sua cultura não se torne invisível e a sua identidade seja reconhecida. Precisamos de mais empatia para que essa luta seja de todos e para que haja mais igualdade.
" o qual ilustra perfeitamente o momento que relatei acima. Nesse vídeo, todas as pessoas são surdas e a única ouvinte sente-se totalmente perdida em meio ao silêncio e a falta de empatia das pessoas. Mas o que é o vídeo senão a realidade dos surdos nessa nossa sociedade surda?

terça-feira, 5 de julho de 2016

Inércia

         Inércia define o meu momento: parece que não ato nem desato, não vou nem fico, estou no chove não molha e isso tem incomodado-me demais.
         Hoje venho aqui desabafar para retornar de vez... Verbalizar as dificuldades pode ser que me ajude a retornar de vez porque a vontade de desistir é grande, mas acho que a teimosia em ficar é ainda maior.
       Não quero fazer desta postagem um poço de lamúrias, mas um lugar onde eu possa me abrir e sair desse momento, fazendo uma auto-avaliação para não cometer os mesmos erros no próximo semestre.
        Um filho pequeno que demanda muita atenção, uma casa para tocar e um trabalho novo que tem sugado as minhas energias fazem parte dessa história. Não posso terceirizar a minha culpa, mas não posso deixar de considerar que ser mãe, mulher, professora é estudante tem exigido muito de mim. Mas seguiremos.