Pela primeira vez no curso inicio o meu processo de desconstrução do que pensava a respeito de clássicos da literatura infantil e a interdisciplina de Literatura ao trazer o crítico inglês Coleridge como referência para trabalhar esse assunto abriu a minha cabeça.
Sim, eu já mudei final de livro porque achei o final muito agressivo para as crianças. Sempre ignorei a ideia de que se eu aceitava que o lobo falava, mantinha diálogo com a Chapeuzinho e se passava pela vovó, por que não contava o verdadeiro final da história para as crianças? Afinal, tudo isso "significa de modo diferente".
Coleridge usou uma expressão que encaixa perfeitamente nesse contexto que é a "suspensão da descrença". Uma espécie de pacto que autoriza toda a ação da história e dá a ela um significado poético.
Contudo, mesmo recebendo o meu atestado de ignorância, hoje recebo a chave da minha cela e liberto a minha mente. Nunca mais vou amenizar a história por achar que ela não pode ser contada às crianças por ser muito forte.
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