segunda-feira, 29 de junho de 2015

Cultura: Ter ou não ter?

     Uma das propostas da atividade 5 da interdisciplina Escola, Cultura e Sociedade era fazer a leitura do texto "Cultura e Contracultura", no qual tínhamos a seguinte afirmação: "o que confere humanidade ao homem é a cultura, ou seja, o produto histórico-social, cultura é o substrato de diferenciação entre o homem e outros animais..." (RAFAEL & RIBEIRO, p. 128).
      Sendo assim, na imagem abaixo a fala "Esse país não tem cultura" está impregnada de senso comum, o qual desconhece e ignora qualquer cultura que não seja a sua.


      Nesse movimento contra a cultura oficial que ignora o desconhecido há a contracultura, a qual não dialóga com a cultura oficial, dominante. A contracultura é a voz daqueles que estão à margem da sociedade, dos silenciados e sufocados por memórias que não lhe dizem respeito.
      Na atividade da semana 2 da interdisciplina Escola, Projeto Pedagógico e Currículo, onde tivemos que analisar o Projeto Político Pedagógico da nossa escola e fazer um esquema destacando três principais características da sociedade brasileira que também estavam presentes no PPP, uma das questões que levantei foi a cultural, abordando a questão do etnocentrismo que "Em geral, essa postura vem acompanhada por uma pretensão de superioridade em relação àqueles que estão sendo objeto de comparação – o outro, o diferente. Assim, pode expressar-se uma profunda dificuldade em reconhecer a legitimidade daqueles que são diferentes em seu modo de ser e de pensar. Na prática, isso pode levar a conflitos velados ou explícitos e até de intolerância com o modo de ser dos outros." (CAREGNATO, 2010, p. 24).
      É preciso superar essa lógica etnocêntrica em nossas escolas, reconhecer nelas as diferentes vozes que lá estão silenciadas e a superarmos esse pensamento a partir de muito estudo, o que pode levar-nos a uma profunda reflexão a respeito de tema para que então possamos mudar tal realidade.

Eu, eu mesma e a minha corporeidade

      Na aula número 11 tivemos a primeira aula com o professor Clésio. Que aula incrível! Fiquei encantada com tamanho conhecimento do professor e abismada com o desconhecimento que ainda tenho sobre o meu corpo.
      A partir dessa aula e da leitura dos textos propostos na interdisciplina, além de ficar mais atenta a mim mesma, também procurei ficar mais atenta aos outros e algumas leituras vieram ao encontro desse momento, uma delas foi a entrevista a Claudio Naranjo  onde o psiquiatra chileno nos traz inúmeras considerações importantes e dentre elas está a chocante afirmação que "A educação atual produz zumbis".
     Após a leitura desse texto também li uma notícia que veio ao encontro das ideias de Claudio Naranjo. A reportagem "Crianças zumbis – fotografando crianças enquanto elas assistem televisão" que traz uma série intitulada "Idiot Box" feita pela fotógrafa australiana Donna Stevens onde ela fotografa crianças no momento em que estão assistindo a televisão e o resultado é a captação do rosto de pequenos zumbis.
      Pensar que a educação atualmente forma zumbis, é pensar que futuramente teremos pessoas que terão total desconhecimento de si mesmas, do seu próprio corpo e sentimentos. Pensando sob este aspecto é difícil ter alguma esperança em uma educação e mundo melhor caso não paremos por um momento para refletir e tomar um novo rumo. Se isso não acontecer, a nossa realidade estará muito próxima do filme A.I. Inteligência Artificial, seremos complexos robôs.






domingo, 28 de junho de 2015

Atualizando

      Cheguei atrasada aqui. Tenho tanta coisa para contar, às vezes dá vontade de fotografar o meu caderno: estou com uma lista de postagens pendentes para fazer aqui. Cada interdisciplina leva-me a um novo universo e a escolhida para colocar o meu blog (e a minha vida) em ordem é a de Escola, Cultura e Sociedade. Como tenho que colocar as minhas postagens em ordem, decidi começar por esta interdisciplina, pois seguirei uma ordem cronológica dos fatos. Que Chronos me ajude e não me devore.
      Na aula presencial de número 12, tivemos a interdisciplina Escola, Cultura e Sociedade no 2º período após o intervalo, pois o 1º foi dedicado à Escola, Projeto Pedagógico e Currículo. Todas nós estávamos alvoroçadas com o último texto "Ações Coletivas e Conhecimentos: Outras Pedagogias?", do Miguel Arroyo. Eu ainda estava chocada ao enxergar a minha escola e os meus colegas no texto como sujeitos que marginalizam os alunos, os deixam à margem da sociedade e só deixam (deixam!) fazer a passagem aqueles que se esforçam.
      Ao mesmo tempo que eu estava chocada, uma grande aflição tomou conta de mim e os Outros não saíam da minha cabeça. Imbuída em tais pensamentos, ao fazer uma tarefa solicitada pela professora presencialmente e trocar angústias com as colegas, produzimos o seguinte cartaz:


      Pensando na realidade que cerca o nosso aluno que em sua grande maioria é o Outro, nós professores precisamos mais que nunca refletir a respeito da nossa prática e ser o nós consciente em sala de aula para que a voz das minorias não seja silenciada.