Ao retomar o trabalho que
desenvolvi na minha turma muitas reflexões vêm à tona: primeiramente a
insegurança em realizar um trabalho no qual os alunos seriam essencialmente os
protagonistas do aprendizado, segundo como desenvolver esse tipo de trabalho se
eu precisava de internet para que os meus alunos pudessem realizar as pesquisas
e por último, mas não menos importante, como nós conseguiríamos realizar um
mapa conceitual interligando todos aqueles conceitos.
Logo
de início, já deixo claro que eu me surpreendi muito positivamente com os meus
alunos, os quais muitas vezes eu subestimei e que se mostraram extremamente
atentos, inteligentes, críticos e facilmente ocuparam o lugar que sempre lhes
coube, o de protagonistas do aprendizado. Muito se fala nesse protagonismo do
aluno, contudo, colocá-lo realmente à frente do processo de aprendizagem nem
sempre acontece em sala de aula e falo por mim que a insegurança em realizar um
trabalho que te desloca como professor, que te desequilibra realmente mexe
conosco, inclusive com a questão da identidade e caso não consigamos nos
colocar no papel de professor reflexivo capazes de promover mudança através
dessa ação, será mais complicado lançar mão de velhas práticas e abraçar essa
nova proposta de trabalho.
Uma
das grandes fragilidades que percebi ao decorrer do trabalho foi a questão da
logística, de como fazer para realizar a pesquisa, uma etapa importante do
trabalho, pois na minha escola o Laboratório de Informática conta com apenas
três computadores em funcionamento e levar uma turma com quase trinta alunos
para aquele lugar deveria contar com um bom planejamento e foi isso que
fizemos: quando tínhamos que pesquisar, nós organizávamos o trabalho na sala de
aula antes e então íamos todos juntos para a Informática onde enquanto alguns
grupos de alunos utilizavam os computadores disponíveis, outro realizava
conversas ou produzia escritos referentes ao projeto. Dessa maneira, acabamos
encontrando um caminho para superar essa dificuldade, mas que nem assim pode
ser passada em branco, pois é uma grande fragilidade na realização desse tipo
de trabalho e requer um esforço extra de todos os envolvidos.
Outro
aspecto importante do trabalho foi a construção do mapa conceitual, foi na
produção do nosso primeiro que os alunos expressaram as frases mais
contundentes em relação ao trabalho: “Parece um grande cérebro.”, disse uma
aluna, “Uma coisa tá ligada na outra.”, falou outra menina. Naquele momento eu
percebi que todo o trabalho estava valendo a pena, foi naquele momento que
percebi o quanto era importante e que o aquilo que muitas vezes eu mesma fiz,
de linkar um conhecimento ao outro, os meus alunos, autonomamente fizeram. Ali
deu-se uma rica construção do conhecimento muito bem embasada e cheia de
significados. Aliás, ressignificamos o conceito de tecnologia e o aproximamos
da nossa realidade.
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