sexta-feira, 14 de julho de 2017

Sobre o Projeto de Aprendizagem

       Ao retomar o trabalho que desenvolvi na minha turma muitas reflexões vêm à tona: primeiramente a insegurança em realizar um trabalho no qual os alunos seriam essencialmente os protagonistas do aprendizado, segundo como desenvolver esse tipo de trabalho se eu precisava de internet para que os meus alunos pudessem realizar as pesquisas e por último, mas não menos importante, como nós conseguiríamos realizar um mapa conceitual interligando todos aqueles conceitos.
            Logo de início, já deixo claro que eu me surpreendi muito positivamente com os meus alunos, os quais muitas vezes eu subestimei e que se mostraram extremamente atentos, inteligentes, críticos e facilmente ocuparam o lugar que sempre lhes coube, o de protagonistas do aprendizado. Muito se fala nesse protagonismo do aluno, contudo, colocá-lo realmente à frente do processo de aprendizagem nem sempre acontece em sala de aula e falo por mim que a insegurança em realizar um trabalho que te desloca como professor, que te desequilibra realmente mexe conosco, inclusive com a questão da identidade e caso não consigamos nos colocar no papel de professor reflexivo capazes de promover mudança através dessa ação, será mais complicado lançar mão de velhas práticas e abraçar essa nova proposta de trabalho.
            Uma das grandes fragilidades que percebi ao decorrer do trabalho foi a questão da logística, de como fazer para realizar a pesquisa, uma etapa importante do trabalho, pois na minha escola o Laboratório de Informática conta com apenas três computadores em funcionamento e levar uma turma com quase trinta alunos para aquele lugar deveria contar com um bom planejamento e foi isso que fizemos: quando tínhamos que pesquisar, nós organizávamos o trabalho na sala de aula antes e então íamos todos juntos para a Informática onde enquanto alguns grupos de alunos utilizavam os computadores disponíveis, outro realizava conversas ou produzia escritos referentes ao projeto. Dessa maneira, acabamos encontrando um caminho para superar essa dificuldade, mas que nem assim pode ser passada em branco, pois é uma grande fragilidade na realização desse tipo de trabalho e requer um esforço extra de todos os envolvidos.



            Outro aspecto importante do trabalho foi a construção do mapa conceitual, foi na produção do nosso primeiro que os alunos expressaram as frases mais contundentes em relação ao trabalho: “Parece um grande cérebro.”, disse uma aluna, “Uma coisa tá ligada na outra.”, falou outra menina. Naquele momento eu percebi que todo o trabalho estava valendo a pena, foi naquele momento que percebi o quanto era importante e que o aquilo que muitas vezes eu mesma fiz, de linkar um conhecimento ao outro, os meus alunos, autonomamente fizeram. Ali deu-se uma rica construção do conhecimento muito bem embasada e cheia de significados. Aliás, ressignificamos o conceito de tecnologia e o aproximamos da nossa realidade.

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