terça-feira, 8 de setembro de 2015

As muitas formas de experienciar a infância

      Na última quarta-feira (02/09), tivemos a nossa primeira aula presencial de Infâncias com a professora Fabiana Marcello. A aula foi muito dinâmica e contou com o auxílio de uma tecnologia para facilitar a vida acadêmica dos novos colegas : a aula foi gravada em vídeo.
      Na aula, tivemos um bom bate papo, discutindo as diversas formas de experienciar a infância. Cada colega relatou a sua experiência  com infâncias. Ao decorrer das falas, a professora fazia as suas intervenções, levando-nos a questionar alguns pontos dessas infâncias. Conversamos, essencialmente sobre as diversas formas de experienciar a infância.
    Ao final da aula, recebi o texto "Tudo ao mesmo tempo, agora! A vida urgente das crianças contemporâneas" (MOMO, Mariangela), onde é abordada a forma como muitas crianças experienciam a sua infância hoje em dia, baseadas na instantaneidade.
      Refletindo um pouco a respeito do texto, essa maneira instantânea com que muitas crianças experimentam a sua infância reflete muito a maneira como é nosso modo de viver contemporâneo acelerado, que está produzindo cada vez mais pessoas estressadas e frustradas com as suas vidas, onde nada é o suficiente para alcançar a felicidade, a qual sempre é buscada muito mais no ter do que no ser.
      Ao refletir sobre, surge o questioamento: essa sociedade acelerada,  que faz com que sejam produzidos adultos ansiosos e uma "infância instantânea" terá que tipo de adulto futuramente? 

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Portfólio: decifra-me ou devoro-te!

         No início do curso, fomos apresentadas ao portfólio. Nesse momento, eu o via apenas como uma esfinge: ele encarava-me belamente, e eu pensava “Mas pra que serve mesmo o portfólio?”.
        Sempre fomos instruídas na utilização dele, que era um espaço onde postaríamos as nossas aprendizagens, inseguranças, desafios e conquistas. Até aí tudo bem, a proposta realmente era maravilhosa, mas por que fazer isso?
            Essa pergunta sempre vinha a tona quando tinha que fazer alguma postagem no blog. Mas era só uma pergunta que eu achava que uma hora eu teria resposta, ou não. E eu fui levando, fazendo uma postagem aqui, outra ali, algumas meio vazias, mas era uma postagem, eu achava que bastava postar.
            Contudo, ao iniciar a produção do trabalho de final de semestre, onde era importante evidenciar as aprendizagens do semestre, pensei comigo onde poderia buscar essas evidências. Lembrei-me imediatamente do portfólio e lá fui atrás dos meus escritos.
            Porém, ao revisitar o blog, o portfólio, assim como uma esfinge, olhou-me e soltou a sua enigmática frase “Decifra-me ou devoro-te”. Quase fui devorada! Foi então que me dei conta do que era o portfólio, da sua importância na produção do meu trabalho de finalização do semestre e participação no workshop. Foi então que o decifrei!
            Decifrando o portfólio, entendi o porquê dele, compreendi que ele é uma ferramenta muito importante para eu conseguir costurar as minhas aprendizagens do semestre e tecer o meu conhecimento na teia das interdisciplinas. Que não basta apenas postar, é necessário que esta postagem tenha embasamento teórico e seja realmente significativa, pois a mesma é uma evidência do construção do meu conhecimento e sei que tudo o que aprendi nesse último semestre foi extremamente significativo para a minha caminhada, tanto pessoal quanto profissional.
            Portfólio, decifrei-te!



           



segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Workshopeando


            Todo o nosso primeiro semestre do curso PEAD foi de muita aprendizagem, e a representação de toda essa construção está evidenciada no workshop.
            Quanto a construção do meu primeiro trabalho de conclusão do semestre, primeiramente senti uma certa insegurança ao iniciá-lo e demorei para dar a largada na sua produção.
            Quando soube o que mais ou menos tinha que fazer, deparei-me com outras duas dificuldades: a primeira foi a quantidade de aprendizagens que eu tive durante o semestre, como colocar tudo aquilo no papel? Junto a essa dificuldade, juntou-se outra: como selecionar essas aprendizagens se no momento do workshop que eu descobri que o meu maior companheiro era o meu portfólio, o blog. Sim o blog, aquele a quem eu não tinha dado muita importância, que alimentava aos poucos, quase deixando-o morrer.
            Apesar do nervosismo na apresentação do workshop, senti-me muito segura daquilo que falava, pois construí toda a minha fala ao longo do semestre, e nela havia todo o conhecimento que eu havia construído na leitura dos textos, nas atividades realizadas e nas reflexões feitas tanto no ambiente virtual quanto nos nossos encontros presenciais.
            Ainda que tenha tido dificuldade na realização do workshop de avaliação, considero o mesmo um momento crucial do curso, onde podemos olhar para atrás e refletir a respeito de todas as atividades propostas, amarrando as aprendizagens, costurando os conceitos, tecendo conhecimento.

           



domingo, 30 de agosto de 2015

Um workshop, muitas aprendizagens

   O primeiro semestre do nosso curso acabou, com ele finalizaram também algumas interdisciplinas. Foi um semestre de muitos e intensos aprendizados. Lemos textos densos, que sempre nos levavam à refletir sobre a nossa escola, a nossa profissão e até a respeito da nossa vida pessoal. Ficamos cara a cara com novas tecnologias, fomos desafiadas pelo pbworks, moodle e blog.
  Pra mim, cada texto postado pelo professor ou professora era uma nova reflexão. Com a interdisciplina de Escola, Projeto Pedagógico e Currículo, fui levada a refletir sobre o Projeto Politico da minha escola, relembrando com Paulo Freire o nosso inacabamento; com a Escola, Cultura e Sociedade abri os meus olhos em relação aos Outros, contudo sem deixar desconectar a visão humanista da acadêmica;e em Corporeidade, revi a minha própria relação com o meu corpo, revendo conceitos e pré-conceitos.
   Enfim, dentre todas as aprendizagens, a maior delas foi que sem a formação continuada, dificilmente teremos reais avanços na educação. Ou seja, se não nos dermos conta a tempo desse inacabamento, se continuarmos com uma visão bacharelesca frente a uma turma de seres humanos com corpos que estão cansados de permanecerem inertes, pouco ou nada poderemos esperar do futuro da educação do nosso país. Que fique claro, que essa responsabilidade não é só nossa, professores, mas de todos nós.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Cultura: Ter ou não ter?

     Uma das propostas da atividade 5 da interdisciplina Escola, Cultura e Sociedade era fazer a leitura do texto "Cultura e Contracultura", no qual tínhamos a seguinte afirmação: "o que confere humanidade ao homem é a cultura, ou seja, o produto histórico-social, cultura é o substrato de diferenciação entre o homem e outros animais..." (RAFAEL & RIBEIRO, p. 128).
      Sendo assim, na imagem abaixo a fala "Esse país não tem cultura" está impregnada de senso comum, o qual desconhece e ignora qualquer cultura que não seja a sua.


      Nesse movimento contra a cultura oficial que ignora o desconhecido há a contracultura, a qual não dialóga com a cultura oficial, dominante. A contracultura é a voz daqueles que estão à margem da sociedade, dos silenciados e sufocados por memórias que não lhe dizem respeito.
      Na atividade da semana 2 da interdisciplina Escola, Projeto Pedagógico e Currículo, onde tivemos que analisar o Projeto Político Pedagógico da nossa escola e fazer um esquema destacando três principais características da sociedade brasileira que também estavam presentes no PPP, uma das questões que levantei foi a cultural, abordando a questão do etnocentrismo que "Em geral, essa postura vem acompanhada por uma pretensão de superioridade em relação àqueles que estão sendo objeto de comparação – o outro, o diferente. Assim, pode expressar-se uma profunda dificuldade em reconhecer a legitimidade daqueles que são diferentes em seu modo de ser e de pensar. Na prática, isso pode levar a conflitos velados ou explícitos e até de intolerância com o modo de ser dos outros." (CAREGNATO, 2010, p. 24).
      É preciso superar essa lógica etnocêntrica em nossas escolas, reconhecer nelas as diferentes vozes que lá estão silenciadas e a superarmos esse pensamento a partir de muito estudo, o que pode levar-nos a uma profunda reflexão a respeito de tema para que então possamos mudar tal realidade.

Eu, eu mesma e a minha corporeidade

      Na aula número 11 tivemos a primeira aula com o professor Clésio. Que aula incrível! Fiquei encantada com tamanho conhecimento do professor e abismada com o desconhecimento que ainda tenho sobre o meu corpo.
      A partir dessa aula e da leitura dos textos propostos na interdisciplina, além de ficar mais atenta a mim mesma, também procurei ficar mais atenta aos outros e algumas leituras vieram ao encontro desse momento, uma delas foi a entrevista a Claudio Naranjo  onde o psiquiatra chileno nos traz inúmeras considerações importantes e dentre elas está a chocante afirmação que "A educação atual produz zumbis".
     Após a leitura desse texto também li uma notícia que veio ao encontro das ideias de Claudio Naranjo. A reportagem "Crianças zumbis – fotografando crianças enquanto elas assistem televisão" que traz uma série intitulada "Idiot Box" feita pela fotógrafa australiana Donna Stevens onde ela fotografa crianças no momento em que estão assistindo a televisão e o resultado é a captação do rosto de pequenos zumbis.
      Pensar que a educação atualmente forma zumbis, é pensar que futuramente teremos pessoas que terão total desconhecimento de si mesmas, do seu próprio corpo e sentimentos. Pensando sob este aspecto é difícil ter alguma esperança em uma educação e mundo melhor caso não paremos por um momento para refletir e tomar um novo rumo. Se isso não acontecer, a nossa realidade estará muito próxima do filme A.I. Inteligência Artificial, seremos complexos robôs.






domingo, 28 de junho de 2015

Atualizando

      Cheguei atrasada aqui. Tenho tanta coisa para contar, às vezes dá vontade de fotografar o meu caderno: estou com uma lista de postagens pendentes para fazer aqui. Cada interdisciplina leva-me a um novo universo e a escolhida para colocar o meu blog (e a minha vida) em ordem é a de Escola, Cultura e Sociedade. Como tenho que colocar as minhas postagens em ordem, decidi começar por esta interdisciplina, pois seguirei uma ordem cronológica dos fatos. Que Chronos me ajude e não me devore.
      Na aula presencial de número 12, tivemos a interdisciplina Escola, Cultura e Sociedade no 2º período após o intervalo, pois o 1º foi dedicado à Escola, Projeto Pedagógico e Currículo. Todas nós estávamos alvoroçadas com o último texto "Ações Coletivas e Conhecimentos: Outras Pedagogias?", do Miguel Arroyo. Eu ainda estava chocada ao enxergar a minha escola e os meus colegas no texto como sujeitos que marginalizam os alunos, os deixam à margem da sociedade e só deixam (deixam!) fazer a passagem aqueles que se esforçam.
      Ao mesmo tempo que eu estava chocada, uma grande aflição tomou conta de mim e os Outros não saíam da minha cabeça. Imbuída em tais pensamentos, ao fazer uma tarefa solicitada pela professora presencialmente e trocar angústias com as colegas, produzimos o seguinte cartaz:


      Pensando na realidade que cerca o nosso aluno que em sua grande maioria é o Outro, nós professores precisamos mais que nunca refletir a respeito da nossa prática e ser o nós consciente em sala de aula para que a voz das minorias não seja silenciada.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Interdisciplinas

   As interdisciplinas estão a todo vapor e cada vez mais elas assumem-se como interdisciplinas que se cruzam e relacionam-se com o nosso cotidiano.
   Na última semana que passou, ao olharmos para o Projeto Político Pedagógico (atividade da interdisciplina Escola, Projeto Pedagógico e Currículo) pudemos resgatar algunas leituras feitas em outra interdisciplina (Escola, Cultura e Sociedade).
   Construir relações é construir conhecimento e observar que há essa preocupação no curso torna a aprendizagem ainda mais instigante.

Lendo obras... Cinematográficas

   Na interdisciplina "Escola, Cultura e Sociedade: uma abordagem sociocultural e antropológica", os professores utilizam-se muito do recurso dos filmes para interpretarmos a nossa própria sociedade.
   Essa leitura é uma das mais prazerosas para mim, que sempre gostei de assistir a filmes que me façam refletir a respeito de mim, dos outros, do mundo. 
   O filme "Machuca" é simplesmente emocionante e ao mesmo tempo que podemos fazer um paralelo com as nossas escolas daqui, também é possível refletir sobre o que está acontecendo na sociedade brasileira, seus protestos e pedidos.
   A leitura do filme "Macunaíma" foi difícil, sendo necessário assistir a ele mais uma vez. A distância daquele contexto foi o que talvez tenha tornado essa leitura mais dificultada.
   Ao assistir ao filme "Quanto vale ou é por quilo" é impossível não relacioná-lo com alguns projetos de emissoras de televisão que solidariamente movimentam milhões de reais por ano e entender por que alguns programas do governo são duramente criticados.
   A partir de tais leituras, lembro-me o que li num dos livros do Paulo Freire, onde ele escreve que a educação não é neutra. Realmente, não há neutralidade na educação. Precisamos saber de que lado estamos e por quem lutamos. Ficar em cima do muro não vale. Eu escolhi o meu lado, e você?

sábado, 25 de abril de 2015

Status: Empoderando-me!

      O final de semana iniciou com muitas leituras, assistindo a vídeos, escrevendo e re-escrevendo.
      Não está sendo fácil retomar essa rotina de estudos, contudo, o prazer de ler ideias que vão ao encontro daquilo que penso e faço, que me fazem refletir a própria realidade toma conta de mim.
      Tenho demorado um tempão para ler um texto, mas leio cada parágrafo devorando cada ideia, empoderando-me!
      Ninguém disse que seria fácil, mas multiplicar o meu poder e empoderar as pessoas da minha comunidade escolar não tem preço. 
       Sigo na luta!

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Are you ready?


      E as interdisciplinas começaram! Junto com o seu início, veio um bocado de tarefas para serem pensadas, refletidas e realizadas.
    Ao longo da realização dessas tarefas vou postando por aqui os meus novos aprendizados e reflexões a respeito daquilo que já havia aprendido.
      Confesso que esse gostinho de aprender coisas novas, refletir sobre a minha prática e olhar de um outro ângulo aquilo que vejo todo dia, deixa-me muito entusiasmada.
       Eu estou pronta! E você?

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Desabafo

Para iniciar minha nova postagem, peço ajuda ao Pato Fu para descrever o meu momento:


Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio

Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio
Como zune um novo sedã
Tempo, tempo, tempo mano velho
Tempo, tempo, tempo mano velho
Vai, vai, vai, vai, vai, vai
Tempo amigo seja legal
Conto contigo pela madrugada
Só me derrube no final
Essa letra da música "Sobre o Tempo", descreve o meu desejo atualmente: organizar melhor o meu tempo.

Minha mãe sempre disse que eu precisava organizar o meu tempo e eu a respondia que eu tenho o meu tempo organizado dentro do meu ritmo.
Contudo, com o passar dos anos, descobri que eu não tinha um ritmo só meu, descobri que eu procrastinava as atividades. O sentimento de culpa sempre ficava rondando e a atividade procrastinada ficava martelando na cabeça.

Sabendo dessa fragilidade sei que preciso focar nos trabalhos, não perder o rumo e nunca (NUNCA!) deixar para depois. 

A graduação em Pedagogia é um sonho, um degrau na minha vida estudantil essencial para seguir em frente com um grande projeto profissional e de vida.

Para encerrar, deixo aqui uma imagem muito pertinente à postagem, postada no nosso grupo do Facebook, o PEAD2, pela professora Cíntia:




Em frente! 




quarta-feira, 1 de abril de 2015

O caderno caiu na rede!

O caderno, e eu, caímos na rede. E daqui não sairemos tão cedo.
Fomos fisgados pela incrível viagem que é estudar.
Ao decorrer do curso ele será o meu fiel companheiro, meu principal escudeiro.
Meu refúgio para os dias ruins, minha redenção.
Espero que nessa longa caminhada até o final do curso, possamos juntos aprender e fazer muitos registros, para que um dia possamos ter orgulho de tudo o que vivemos lado a lado.